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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Normalidade

Ele leva na mochila seus sorrisos para o dia.
Ela guarda na gaveta toda paz que o doutor lhe deu.
Entre os perfumes no banheiro a paciência em erva doce.
Pra viver intensamente o que te liga sem receita.
Eles vivem no escuro sob as sombras dos normais.
Camuflados, indistintos, inseridos na rotina.
A cada gole de ansiolítico mais um dia a se viver.
A cada trago na maconha menos uma noite a enfrentar.
Mas de onde vem o julgamento?
Quem lhes diz o que é errado?
Um pastor e seus remédios,
Um juiz e seu whisky.
Não precisam se esconder.
A hipocrisia social e suas Chagas infinitas.
Este é o pecado que a moral comete.
Ela ama como poucos
Ele vive como poucos
E muitos julgam seus caminhos sem notar que a rotina é feita de vícios comedidos, aceitáveis ou reprimidos.
Toda espécie de saída é fuga do dia dia
Seja uma pílula ou a bíblia
Seja um beck ou exercícios.
O importante é o equilíbrio entre a realidade e o paraíso.

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