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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Surte!

Surte.
Se jogue ao vento mesmo antes de senti-lo.
Sorria de si mesmo e sorria da vida.
Deboche das quedas e tropeços pois
Toda queda é um breve voo e todo tropeço
um motivo pra correr na direção que se deseja.
Sonhos não precisam fazer sentido mas perseguidos
as vezes obcecadamente para serem realizados.
Crie suas próprias regras e as siga duramente.
Disciplina é a loucura mais poderosa que existe.
E quando errar, se machucar e entristecer
disfrute o momento e aprenda que isso também
faz parte da rotina de um vencedor.
A dor e um belo sentimento quando vivido
por completo e de forma crua.
Caminhe apesar do vento e palavras contrarias.
Caminhe no sentido que desejar mesmo que não veja saída.
Surte e aproveite o percurso sabendo que a felicidade
Se encontra na maneira em que se vive e que momentos de alegria podem ser encontrados junto a momentos de fraqueza e a falta de sentido é que da beleza a vida.
O amor pela vida aumenta a cada dia que decidimos lutar
Mesmo quando não temos motivos pra seguir.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Normalidade

Ele leva na mochila seus sorrisos para o dia.
Ela guarda na gaveta toda paz que o doutor lhe deu.
Entre os perfumes no banheiro a paciência em erva doce.
Pra viver intensamente o que te liga sem receita.
Eles vivem no escuro sob as sombras dos normais.
Camuflados, indistintos, inseridos na rotina.
A cada gole de ansiolítico mais um dia a se viver.
A cada trago na maconha menos uma noite a enfrentar.
Mas de onde vem o julgamento?
Quem lhes diz o que é errado?
Um pastor e seus remédios,
Um juiz e seu whisky.
Não precisam se esconder.
A hipocrisia social e suas Chagas infinitas.
Este é o pecado que a moral comete.
Ela ama como poucos
Ele vive como poucos
E muitos julgam seus caminhos sem notar que a rotina é feita de vícios comedidos, aceitáveis ou reprimidos.
Toda espécie de saída é fuga do dia dia
Seja uma pílula ou a bíblia
Seja um beck ou exercícios.
O importante é o equilíbrio entre a realidade e o paraíso.

domingo, 17 de julho de 2016

Courtney

Percebi que Courtney estava meio triste quando chegou em casa.

Perguntei o que ela tinha e ela me disse:
“Estou meio chateada por que soube que agora voce só vai nos mesmos lugares e os outros, mais antigos, me disseram que antes você os levava em vários lugares diferentes. Muitos contam que sempre viam os arcos gigantes, um lugar com com paralelepípedos felizes e cheios de histórias para contar. E também me disseram que hoje você não vai mais a esses lugares. Por que não? Eu queria ter as mesmas histórias que eles têm!”

Então eu expliquei a Courtney que infelizmente não vivemos mais naquele lugar, que ali era a cidade aonde eu havia nascido, mas que hoje, eu havia escolhido viver aqui, aonde ela está começando a conhecer.
Contei que antes tudo era mais simples, que os sonhos eram menores, que tudo era mais tranquilo.
Mas também a expliquei que hoje nessa nova cidade, nesse novo lugar, ela também estava conhecendo uma Bianca que os antigos não conheceram na época.
Uma Bianca mais decidida, que não se contenta mais com pouco, como antes.

Courtney pareceu gostar do que ouviu e disse:
“Então eu estou conhecendo o melhor da tua história? Enquanto os antigos conhecem bem as histórias dos outros?”

Eu somente aquiesci com a cabeça.

Ela sorriu e disse:
“Já não me importo de ir aos mesmos lugares, agora sei que estou fazendo parte de uma nova história!”

E quando estava quase dormindo, ela disse:

“Vamos descansar que amanhã é dia de um mesmo caminho para sonhos novos.”


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Nossos Dias

Ate onde irei sem saber pra onde vou?
Ate quando sentirei o que não sei ao certo?
Quando foi que deixei o silencio me guiar?
Sei que estou prosseguindo.
Sei que não posso desistir.
O vazio pode ser necessário pra recomeçar.
A dor mantem minha sanidade
Enquanto a falta me diz que é adiante.
Quanto mais terei de mudar pra me encontrar?
Quanto de mim estará porvir?
Sentado, abraçado às minhas pernas,  como uma criança perdida,  me agarro ao silêncio na esperança de que o tempo resolva tudo.
Mas a cada dia que passa,  isso parece mais um cliché de auto ajuda pra tentar mudar o foco do sofrimento.
Nem silêncio, nem gritos, nem tempo.
Tudo se resume a uma aspirina que ameniza essa dor de cabeça, mas não cura a enxaqueca crônica de uma mente lotada de pensamentos confusos e desconexos.
Infelizmente, o google maps não mostra a rota para o fim de toda essa agonia.
E eu só continuo em frente, sem esperança e sem respostas para todas as minhas perguntas que insistem em me acompanhar em todo lugar que estou.


Texto: Reis de Oliveira

Looping

Me encosto na parede do banheiro para chorar em silêncio, mas perco as forças e deslizo até o solo.
A verdade é que eu não sei porque estou chorando.
Ou talvez eu saiba, e esteja ME escondendo da verdade.

Eu sou confusa! Eu sei disso, mas nunca achei que outras pessoas também pensassem isso de mim.

Quando olho para frente, não estou mais no banheiro, estou dentro do ônibus vendo a paisagem e usufruindo do ar em meus cabelos.
Como eu gosto de sentir o vento no rosto... Me acalma!

Por que o vento faz meus olhos encherem d'água?

A menina andando de ônibus com uma bolsa Louis Vuitton? Será verdadeira? Não tem medo de ser roubada?
O ponto! Quase perco a hora de descer do ônibus! Que cabeça a minha!

No meu celular toca a música que diz:
"Y No, y no tolero una infidelidad absurda,
Sinónimo de traición
No no, no no ya mataste con
tu verbo defectivo
Aquella historia que
alguna vez aquí existió
Ya este amor”
Por que eu ainda ouço músicas com letras do gênero?

Chego na entrada do condomínio e o porteiro me avisa que tem uma caixa para mim. “A bota!” Penso, com sorriso no rosto. Começo a caminhar com passos largos na ansiedade de abrir a caixa.

“Ai meus Deuses! Uma aranha marrom enorme no corredor do segundo andar! Preciso tirar uma foto como prova, mas não consigo chegar perto, só mais passo, mais um, só mais um. Não dá mais. Já sei! O zoom! Não ficou boa, preciso mesmo de outro celular!

Subo até o quarto andar, meu andar, entro e deixo a caixa na sala, tiro a roupa e sento na cozinha para fumar.

Eita! Esqueci de abrir a caixa! Será que aquela aranha conseguiria me seguir? Não deve ser possível! A bota! A bota!
Abro a caixa com uma faca de cozinha mesmo. Aonde será que eu deixei meu estilete? QUE LINDA! Calço a bota e tiro uma foto para já avisar à minha amiga que já chegou, óbvio que ela irá pedir uma foto!

Ela parece meio torta, será que é porque minha perna é fina? Esquece isso! Esquece! Quando eu calçar com uma calça adequada, ficará perfeita!

Salem veio pedir carinho. Ele estava tão sedento que baba em minha mão. Sinto que ele é o único que me entende.
Hora de dormir. Antes, banheiro para escovar os dentes.

Me olho no espelho pensando na vida.
Me encosto na parede do banheiro para chorar em silêncio...



Texto: Bia de Alcântara

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Amor Atrapalhado

Quando eu discordar
Errar o sabor da pizza e te irritar
Quando eu me atrasar
Errando o lugar pra te buscar
Quando fizer tudo ao meu jeito
Tentando ousar pra impressionar
É que me disseram que devia
Deixar o que sinto me guiar.
Quando me zangar
Sem saber dizer por que
Quando eu me perder
Entre o térreo e o quarto andar
Quando eu te acordar
Exausta só pra conversar
É que me disseram pra deixar
O que eu sinto me guiar.
Quando enlouquecer
Sem saber o que dizer
Quando eu te assustar
Por não parar de te encarar
Quando eu me afastar
Sem saber por que
É que me disseram pra expressar
O que sinto por você.
E como irei fazer
Se não sei o que é amar?



Texto: Reis de Oliveira
A3NãoDá® 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Resposta dos Deuses



Eu estava em mais um daqueles dias em que só respirar já é difícil.
E quando os pensamentos ruins estavam tomando conta do meu ser, eu estava dentro do ônibus e pensei: "Cadê o sentido disso tudo?"
No mesmo momento, começou a tocar "You're my sunshine" na voz de Johnny Cash (sim, eu que coloquei no meu mp4, mas eu não ouvia há tempos o álbum variadas, nem sabia as músicas que haviam lá).
Junto com a canção, folhas começaram a cair da árvore, bem aonde eu estava no ônibus (em pé).
Enquanto eu admirava a beleza da natureza, vi que já estava perto do ponto que eu tinha de descer.
Quando me virei para ir em direção a porta, um bebê me olhava rindo. Aquele sorriso que faz qualquer pessoa se derreter.
Desci do ônibus com o pensamento de que foi um aviso dos Deuses.
A Mãe estava me mostrando o sentido da vida que eu buscava. Me mostrando que pequenas coisas nos passam desapercebidas, mas conseguimos enxergar se estivermos com o coração aberto.

Texto: Bia de Alcântara

quarta-feira, 29 de junho de 2016

A menina que morreu afogada

Estendi minha mão e esperei
Que outra mão segurasse a minha
Que outra mão me puxasse pra cima
Outra mão que não apareceu.

Estendi minha mão e esperei
Que do céu a chuva caísse
Que um milagre acontecesse
Que o tempo se abrisse.

Estendi minha mão e esperei
Mas não veio nem chuva, nem sol, nem outra mão
E muito menos uma palavra
Ou um milagre.

Estendi minha mão e me vi só
A maré subiu e me afogou
A escuridão tomou conta de mim
E aqui nesse  novo mundo não há nada além de dor.

Não há saída
Não há entrada
Nem portas ou janelas
Apenas as trevas e eu.

Texto: Monique Oliveira



segunda-feira, 23 de maio de 2016

Estrada da vida

Está é a viagem da vida
Não estamos indo para lugar algum
andando em volta
Procurando por algo para encher minha cabeça

Aquele trem está na estação
Este é meu caminho
Aquele trem está na estação
este é meu caminho

Correndo dos meus pesadelos
liberdade está a frente
sabe o trem ?
Ele continua a viagem ,mesmo que vazio

Eu coloco  minha cabeça na janela
sinto a vida em minha face
Eu vejo montanhas e colinas
eu vejo você no meu caminho

Aquele trem deixará a estação
está é a última chamada
talvez este trem não voltará a ser visto
está é a última chamada !

Texto: Ageu Gomes (Twitter: @showcarneiro - Instagram: @gomesageu)
A3NaoDa®


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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Castelo de Giz

Construo meu castelo com giz
Tão branco que ninguém diz
Não habita imperatriz
Nem tampouco meretriz

Além dos muros, clara areia
Leve e seca, acompanha o vento
De tantos grãos torna-se branco
Mas o som do mar é que traz alento

À  beira do mar, menina com sorriso bobo
Me olha e sinto-me tolo
Sua graça me desconcerta
Me escondo com pressa

Ousaria convida-la em meu castelo adentrar
Tal ideia me rouba o ar

Um rei sem trono e coroa
Sem versos e uma prosa boa
Nem manto, nem pranto
Com  desejo e  tanto

O que dirá a menina  desse recanto?

Felicidade, sim, venha
Pr'essa noite 'inda há lenha
Há de manter a chama acesa
Queimando aquela velha tristeza

Menina seja bem-vinda
Tua alma de tão linda
Não passa despercebida

Apenas fique sem pensar em tempo
Este rei deposto
Nada mais deseja que o brilho do teu rosto

Fique, não há tempo
Fique e faça meu contento




domingo, 10 de abril de 2016

Mente e corpo

Cabeça pesada
Mente cheia
Cérebro inchado
E tantas formas de dizer
Nenhuma define totalmente o que sinto.

Se fosse um computador
O HD estaria sem espaço disponível 
A memória seria pouca 
O processador, lento 
E a placa-mãe a ponto de pifar.

Como sou gente
Meu corpo está cansado
Olhos, pesados
Coração, acelerado
E o cérebro, sim, inchado!

Preciso esvaziar minha alma
Limpar meu espírito 
E encontrar meu caminho. 

Sei que ainda é o começo 
E muitas coisas já consegui.
Sei que a estrada é longa 
Os obstáculos são incontáveis 
E os atalhos, muito desejáveis. 

Acredito nos meus guias
E sei que um dia
Tudo isso será só motivo de alegria.
Histórias terei pra contar 
Para o mundo, inspirar 
Contar que venci 
O caminho certo escolhi.

Minha vida não será em vão 
As ajudas poucas são 
Mas a força de viver
Tem enorme poder
Neste espírito em evolução. 


Imagem: Google Imagens 
Por Monique Oliveira
Twitter: @NiqueLiv  
Instagram: @niqueliv

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sábado, 2 de abril de 2016

Encontrando meu caminho


"Proteção", "Abençoada", "Paz & Luz",...
Tintas usadas em meu corpo
Em busca de algo que nunca encontrei

Pessoas me iludem dizendo que a esperança existe
EU me iludo buscando a tão sonhada esperança

Dizem que há luz no fim do túnel
Encontrei o meu fim do túnel
E lá não há luz
Há um carrasco
E eu o vejo socando minha cabeça no chão infinitamente



Texto:  Bia de Alcântara (Twitter e Instagram: @bbiaalcantara)
Edição: Annie Redig
Imagem: Google

Todos os direitos reservados. ®

terça-feira, 8 de março de 2016

Mulher

Dentre os infinitos adjetivos da mulher, pensei em três: mãe, amiga e esposa.

Mãe

Proteção
Amor incondicional
Respeito
Fortaleza.

Professora
Advogada
Médica
Enfermeira
Cuidadora
Vidente.

É aquela que perto, nos faz mais fortes e, longe, faz a maior falta do mundo.
Dá broncas em qualquer fase da nossa vida e sempre é para o nosso bem.

Aquela mulher que diz: leva o casaco, não chegue tarde, não ande com aquele garoto estranho e aquela garota maluca, já tomou o remédio?, precisa de algo?, te amo!

Chora escondido quando sabe que estamos sofrendo e tentamos ocultar-lhes o motivo de nossa angústia.
Mulher-Maravilha que enfrenta todos os problemas conosco, não importa em que circunstância.

Mãe, sempre mãe.
Mãe, sempre amiga.

"De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu"




Amiga

Podemos dizer vários clichês de amizade. E o que mais dou importância é aquele que diz que: amigo de verdade te critica na sua presença e elogia na ausência.

Não acredito totalmente nesse papo de que amizade entre mulheres quase sempre não existe.
Existe!

Sabe a amiga que guarda seu segredo, seu desabafo?
Que não fala quando sabe que deve ser apenas ouvinte?
Que fala quando é preciso dizer a verdade?
Que sempre te deseja a felicidade, não importa qual a sua escolha?
E que será sempre a mulher amiga, como assim se define a amizade?

Pois é.
Amiga, sempre amiga.
Amiga, às vezes mãe.

"É ter alguém pra contar na indecisão
Nunca se desesperar
Sempre pra ali pra estender a mão"



Esposa

Essa é a mulher que troca de lugar com a mãe, sem inverter os papéis, nem eliminar as funções maternas.
Que, na fase adulta, faz parte do nosso dia a dia, seja ele qual for.

É a mulher que divide os problemas, comemora as alegrias, se faz forte quando estamos fracos, chora as nossas lágrimas e, quase igual à mãe, aceita nossos defeitos e qualidades.

É a mulher que estará lá quando a mãe não estiver e, se/quando, a amiga não puder.

Esposa, às vezes mãe.
Esposa, sempre amiga.

"Prometo sempre ser o seu abrigo
Na dor, o sofrimento é dividido
Te juro ser fiel ao nosso encontro
Na alegria, felicidade vem em dobro"

E o mundo não seria o mesmo sem a mulher.
Na verdade, não seria nada.
Porque, como me disse um amigo ontem, a força vem dela.
E isso explica-se de várias formas.

Ao Dia Internacional da Mulher!




Texto: Monique Oliveira (Twitter: @NiqueLiv / Instagram: moniquelins88)

Imagens: Google

Citações de Músicas: Maria Gadú, Jeito Moleque e Isabella Taviani



domingo, 6 de março de 2016

(in)abalável

Apenas e por enquanto, vivo.
Baixei a guarda e fechei os olhos
Aguardando golpes no escuro.
Prefiro a incerteza, a me proteger.
Escolho suportar as consequências
Sem ilusões, planos ou desejos.
Apanho até da minha vontade,
Da ansiedade por trás de cada sonho.
Prefiro cessar as reações.
Que me venham os socos, o sangue
E a tontura que me leva ao chão.
Resistirei sem proclamar resiliência
Pois jamais me vencerão.

Por Reis de Oliveira
A3NãoDá® 

terça-feira, 1 de março de 2016

Grão


Não entendo de plantio
Não sei nada dessa coisa de grão que germina
Já ouvi dizer que tem grão que não germina
Sei lá!
Sei que me sinto como um grão
Mas não sei se um dia vou germinar

No meu metro e meio de altura
Me sinto com meio centímetro
Pequeno como um grão

E o mundo a minha frente
Parece um gigante
Um enorme espaço de terra
Em que não me sinto ao menos presente
Nem mesmo como um grão


Texto: Monique Oliveira (Twitter: @NiqueLiv / Instagram: moniquelins88)
Imagem: http://sebastiaoaragao.com/a-parabola-do-grao-de-mostarda/




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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Água rosa


"Por que você não vai embora?
Me deixe aqui e volte a viver tua vida!
Vidas de drogas e álcool!
Não é disso que você gosta?
Relações superficiais?
Pessoas que nem lembram de tua existência?"

Ela não suportava mais o esforço ignorado
A humilhação gratuita
O amor não reconhecido

Numa noite nublada de sábado
Ela entrou no banheiro para tomar banho
Nunca mais saiu
Estava escrito em seus olhos
Mas ele, com sua desatenção, não viu

A água rosa se esvaindo pelo ralo
E ela sorria

Se sentia livre
Finalmente estava livre.


Autoria: Bia de Alcântara (Twitter: @bbiaalcantara)

Veja também o link: http://a3naoda.blogspot.com/2016/01/por-monique-oliveira.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Interminável

Eu perdi meu caminho
Sorrisos não fazem parte da minha vida
Fome e solidão, fazem meu espírito chorar
Cada manhã é fria e triste

Andando para minha morte
Ninguém para me dar uma ajuda
Apenas um outro dia sem você...
Outra manhã andando nas ruas procurando alguém para me ajudar
Desde que você me chutou da sua pobre e otária vida

Hoje, o sol voltou, vejo duas almas vindo para mim
Estendendo suas mãos para mim
Dando mais amor do que eu nunca vi
Uma nova vida que vem com o sol da manhã
Felicidade por todo lugar
Eu achei tudo
Minha vida faz sentido

Por favor, deixe para trás a escuridão
Tente acreditar
Aqui não há mais maldade
Não há mais dor
Só há amor e boas canções


A vida é curta para perder tempo se escondendo de medos
Eu não posso morrer sem fazer você feliz.

Mas eu terminei o meu trabalho
Nos seus olhos eu vejo que a minha vida é interminável.

Por: Ageu Gomes (Twitter: @showcarrneiro)
Editado: Bia de Alcântara (Twitter: @bbiaalcantara)
A3NãoDá®

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Bipolar? Variação de humor?







Essas variações de humor são a parte mais chata dessa coisa toda de transtornos do inferno!

Num minuto, pura euforia e pulos de alegria.
No outro, a dor, as lágrimas e a saudade invadem a alma como um tsunami.
O que sobra?
Bom... quase nada. Alguns destroços de uma mente confusa e perdida.
Os pensamentos se perdem, o ar falta e o choro não cessa.
É  como se a tristeza de repente fosse a única coisa concreta, e de tão forte, parece palpável.
Quando isso vai acabar, meu Deus?
E aí eu ouço: isso é normal!
Não!  Eu não quero que isso seja normal! Eu quero que o normal seja o normal de verdade, de todo mundo.
Eu não quero como uma criança de cinco anos só porque minha mãe voltou pra casa dela!
Onde eu errei? Eu estava pulando de alegria há 10 minutos. E agora estou me afogando nas minhas próprias lágrimas.
Por quê?
Não aguento mais isso.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Nasci na favela sim!!!







Sim, eu nasci e cresci na favela e não tenho vergonha disso. Aprendi desde cedo que favelado, não é quem mora na favela, que existe muita gente que sempre morou em seus apartamentos e não sabem falar como uma pessoa civilizada, que grita, berra, xinga alto,...isso pra mim é ser favelado. As pessoas menos afortunadas sabem o valor que cada coisa tem e dão muito mais valor. Você já foi na casa de uma pessoa mais "humilde" e de uma que tem "posses"? A mais humilde trata tudo com muito mais esmero que a outra.

Meu pai veio do nada, com 18 anos resolveu sair na casa do pais na Paraíba porque não aguentava mais as dificuldades que passava por lá e veio com a meta de "subir na vida". Chegou em São Paulo e não tinha nenhum casaco pra usar, chegou logo no inverno, ele conta que sofreu no frio até um senhor que o conhecia lhe dar dois casacos velhinhos. Ele nunca ficou tão agradecido...Mas não aguentou ficar mais de um ano em SP, muito frio, conta ele. Foi pro Rio de Janeiro, trabalhou em supermercados,...Foi aí que ele conheceu minha mãe, outra que tinha saído nova de casa (em Minas Gerais), saiu pra trabalhar em "casa de família", morava aonde trabalhava, já que não tinha aonde morar. Trabalhou até na casa de um jogador de futebol do Fluminense, não me lembro o nome.

Resolveram morar juntos logo quando meu pai conseguiu um trabalho numa multinacional. Na época, não pediam faculdade ainda, tinha que fazer uma prova. Ele agarrou esse trabalho com todas as forças e lá se vão mais de 35 anos de empresa.

Minha mãe continuava trabalhando limpando a casa dos outros, fazendo unhas e costuras. (Hoje já não limpa casa dos outros, mas continua com a unhas e as costuras, é algo que ela gosta!).

Quando eu nasci, vivíamos no fundo das casa de uma senhora, uma escadaria enorme(que parecia  a escadaria da igreja da Penha! Hahahaha). Mas logo nos mudamos para uma quitinete alugada, na favela. Quando eu tinha 6 anos, nos mudamos para nossa primeira casa. Meu pai tinha conseguido juntar dinheiro pra comprar uma casa, mas quando ele estava fechando o negócio, o Collor travou todas as contas. Sorte que o dono da casa era conhecido do meu pai e aceitou como parte a televisão, que havíamos ganhado, do trabalho do meu pai (primeira TV colorida que tínhamos) e o ar condicionado recém comprado.

Lembro de coisas que meus pais nem devem imaginar! Lembro da minha mãe me deixando na escola e pedindo pra moça da cantina me dar o lanche que na volta ela daria o dinheiro. Saía batendo nas portas das casas aonde ela costumava limpar pra saber se iam querer limpeza no dia pra ela poder me buscar na escola com o dinheiro do lanche na mão. Quando ela ia me buscar, a maçã que ela tinha levado como almoço, ela me dava quando eu dizia que estava com fome...

Apesar da minha mãe nunca ter deixado de trabalhar, ela nunca me deixou com "estranhos" pra sair ou se divertir. Eu sempre estive em primeiro lugar (junto com meu pai, óbvio ...e até meu irmão nascer, depois perdi o posto! Hahahaha). Família em primeiro lugar, eu aprendi assim, porque meus pais me ensinaram assim. Minha mãe trabalhava sim e o tempo que ela tinha de folga, era gasto comigo!

Eu indo ao parque, eu andando de bicicleta, eu indo à praia (sim, eu ía à praia), eu indo brincar na casa dos primos,...Sempre com papai ou mamãe ou papai e mamãe! Só me deixaram começar ir a escola sozinha porque meu irmão nasceu (porque enquanto minha mãe tava com ele na barriga, ela continuava me levando e me buscando mesmo eu dizendo que não precisava).

Apesar de todas as dificuldades, meus pais nunca me deixaram estudar em escola pública, o que não teria problema nenhum, mas nós sabemos como existe preconceito com o estudo público no Brasil.

Quando fiz 16 anos, meu pai realizou o sonho dele: Ter uma casa própria fora da favela.

Eu lembro que as vezes, eu via meu pai olhando pela porta com uma cara de tristeza e dizia: "A gente ainda vai sair desse lugar!". Eu não tenho preconceito, ele não tem preconceito, nossa família quase toda ainda mora na favela, mas esse sempre foi o sonho dele, ele trabalhava pra isso! Passava fim de semana descarregando navio pra ganhar um dinheiro a mais! Ele mereceu!!!

Mesmo com a casa própria, carro zero,...Ele nunca perdeu o hábito de economizar. "Não sabemos o dia de amanhã" dizia ele. "Melhor ter sobrando do que faltar".
As vezes eu achava que ele estava exagerando na economia e até brigava!

Acabei me casando e me mudei de estado, morava de aluguel. Meu pai vendo a dificuldade, resolveu comprar um apartamento aqui pra eu poder ficar mais tranquila. Não pagou a vista, deu uma boa entrada e parcelou o resto, o preço da parcela é o preço de um aluguel, mas tem um fim, é nosso!!! (o q é do meu pai, é meu! Hahahaha)

Hoje eu vejo sentido pra tudo que ele fez, hoje eu vejo tudo que meus pais fizeram por mim, hoje eu tenho orgulho de tudo, de todas as vezes que ele me negou algo. E me arrependo por não ter dado valor desde o começo, mas com a responsabilidade, vem a maturidade, e vem a consciência (para algumas pessoas não chegam nunca!)!

Então se você acha que me ofende falando sobre eu ter vindo da favela, não me ofende não! Porque eu sei como é subir na vida e o q é ter dificuldade, você não! Tá aprendendo agora, o que eu acho que é a maneira mais difícil, porque a hora de ficar debaixo das asas dos pais já foi...

Não seja asnático, tire teus antolhos e olhos para o mundo!

Paz & Luz!!!

Texto:  Bia de Alcântara (Twitter @bbiaalcantara)
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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Como você lida com mudanças em geral?



Há sempre um ponto de partida, algo se quebra e decidimos mudar.

Refletimos sobre o fracasso a mágoa ou a indecisão que nos levou a cair e então assumimos uma postura radiante e confiante na fé que alterará nosso comportamento, ou o que cremos nos levará a um futuro melhor.

O que não pensamos é se mudar realmente é preciso, se o caminho escolhido realmente foi errado, se de fato nossa postura era inadequada.

Há momentos na vida em que derrotas acontecem independente do quanto lutamos.

Relacionamentos acabam, empregos se vão e a tristeza aparece sem motivo.

Momentos que antes de querermos nos transformar e nos livrar do que em nós parece ser o motivo de todo mal, devemos nos analisar e encontrar o que temos de bom, o que podemos usar pra nos reerguer.

Sentimentos, atitudes, gostos ou crenças que julgamos ruins podem ser o melhor que existe em nós; e mudar em um momento ruim nunca será algo racional. De fato querer melhorar e evoluir deve ser uma constante na vida de todos, mas a análise deve ser feita em momentos estáveis quando tudo parece em um caminho tranquilo. Assim, a reflexão sempre será mais difícil pois precisaremos realmente entender quais características nos levaram a cada lugar sem deixar que a emoção de um destino influencie nosso julgamento.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Você sabe o que é escrever?



Escrever é uma droga. Ou melhor, é como uma droga.
Um vício que começa com a curiosidade.Você experimenta uma vez, depois outra, e quando se dá conta, vira uma necessidade pra aliviar suas dores.
Quando se dá conta não consegue mais não fazê-lo.
É um caminho sem volta.

Seus demônios se alimentam das palavras que saem da sua alma, se fortalecem dos seus pensamentos.
Eles precisam de cada frase que seus dedos podem formar.
Sofrem de abstinência quando a ausência de cada letra cresce dentro de você.
E tudo que se pode fazer é escrever.

Escrever desesperadamente.
Escrever como se as linhas não tivessem começo e fim.
Escrever até que o papel se rasgue, até que as teclas soltem.
Escrever até que a mente esvazie e reste o silêncio.

Um doente precisa de remédio pra curar sua enfermidade.
Eu preciso escrever.
Nós precisamos escrever.

Texto: Monique Oliveira
A3NãoDá®

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Conto da vida real

"Pára o carro!" - Gritei

Eu não queria permanecer nem mais um segundo naquele veículo.
Desci sem olhar pra trás e fui caminhando até a tabacaria mais próxima.
"Um maço de ... e o isqueiro mais barato, por favor." - Falei com uma voz serena como se a raiva não estivesse me corroendo.

Eu não fumava há semanas, havia decidido parar de fumar e não estava me fazendo falta.
Saí da loja já abrindo a embalagem do maldito, coloquei o cigarro na boca, o acendi, pensei que ele faria descer o choro que estava preso em minha garganta.
Não senti a sensação de alívio quando eu sentia ao fumar nervosa. Na verdade, não senti nada além de uma fumaça entrando e saindo do meu organismo e o cheiro desagradável, quase que insuportável, mesmo para minhas narinas, que sempre estavam entupidas pela minha eterna rinite alérgica.

Pensei que caminhar poderia me tranquilizar, decidi ir andando até em casa. Estava escuro, já passava das oito da noite, em plena segunda-feira, ruas quase vazias, pessoas com olhares suspeitos me olhavam. Sensação de que eu poderia ser assaltada a qualquer momento.
Resolvi acender outro cigarro, mas dessa vez coloquei várias balinhas de hortelã na boca para tentar disfarçar o quão horrível é o gosto desse veneno. A cada tragada era uma balinha a mais que eu enfiava goela abaixo.

Cheguei no portão de casa depois de uma hora de caminhada, as duas poodles brancas, que sempre me receberam com alegria na chegada, não fizeram diferente, mas eu fiz, as ignorei. Subi as escadas, a luz da lavanderia estava acesa. Entrei pela sala, ele estava no final do corredor, na copa, ao meu olhar, eu o ignorei. Aprendi com maestria a arte de ignorar.
Tomei um banho, água fria. Fazia muito calor e eu precisava desse choque térmico. Fiquei recebendo aquela água fria na cabeça sem me mover por algum tempo.
Voltei ao meu quarto, esperei todos dormirem, fui até a cozinha para comer algo: arroz e feijão, nada mais que isso.

Deitei na cama, liguei o ar condicionado, o calor era extremo... talvez fosse somente o calor dos meus sentimentos. Rodei na cama por horas.
Um despertador alheio tocou, já passava das 4 horas da manhã.

Dormi.

Texto:  Bia de Alcântara (Twitter @bbiaalcantara)
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O que te faz feliz






O dicionário define a felicidade como sorte (ventura).
Alguns músicos dizem que a felicidade é a presença da pessoa amada, ou a própria existência dela, ou o cheiro dela e as sensações que o sentimento do amor correspondido provoca.
Felicidade é só uma palavra, e encontra-se cercadas por outras centenas, milhares de palavras milimetricamente arrumadas, formando histórias, formando vidas e formando sorrisos de um leitor convicto que sabe que nada mais lhe faz tão feliz quanto viver sua realidade nas páginas de um bom livro.
Já os escritores dizem que felicidade sem motivo é a sua forma mais autêntica (Carlos Drummond). E  alguns deles concordam que ela é o próprio caminho de si, e o segredo de sua existência está em perceber que ela está mais perto do que se imagina, como os óculos do vovozinho nos versos de Quintana.
Os cães são os mais felizes do mundo quando no reencontro com seu dono percebem e recebem o mesmo amor com que lhe abanam o rabo.
A felicidade vem de dentro, de fora, de cima, de todo lugar.
Pode ser observada num sorriso, nas lágrimas da emoção, num abraço apertado ou até no silêncio.
É um estado de espírito, é sinônimo de alegria, é feita de bons momentos vividos, é algo abstrato.
Ou nada disso! Felicidade é uma coisa concreta! Uma vida próspera e bem estruturada, uma família bem formada, com bons títulos.
Felicidade é doce, salgada, quente, refrescante, macia, suculenta e azeda também.
Ela vem de repente, vem aos poucos.
Ela já nasce pronta. E tem de ser construída e conservada.
É do tamanho de um grão de areia e do tamanho do universo.
Não tem métrica.
Pode ter rima.
Ela é o que nossos olhos podem enxergar, mas não podem ver. Nossos ouvidos não a ouvem, mas escutam.
Contraditória, incompreendida e, para muitos, inexistente, a felicidade tem inúmeras definições. E quem as dá é qualquer um capaz de dizer da forma que mais lhe convém "eu sou feliz" ou "eu sou infeliz".
Não são as músicas, nem os poemas, os livros ou os sábios que vão definir a sua felicidade (ou a sua ausência). É você.
Como se apresenta, de que tamanho e como se mantém na sua vida, da mesma forma que ela se esvai, só você pode dizer. Isso se ao menos quiser dizer, pois o direito a palavra também lhe cabe, e se é da conta de segundos e terceiros e quartos, quem poderá dizer?
Nem Freud explica! Ele mesmo se convenceu de que não há conselho para ser feliz. É um problema individual que deve "resolvido" por cada um em particular.
A minha felicidade sou eu que digo. Na verdade, nem digo.
Mas e a sua? Como diz Clarice, não a Lispector, mas a Falcão, o que te faz feliz?
Ou, pergunto eu: o que te faz infeliz?

Texto: Monique Oliveira
Editado por Bia de Alcântara
A3NãoDá®

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Diário da Depressão - Parte II - Não esquecer de tomar o AD



O antidepressivo deveria ser uma pílula mágica que muda sua vida pra sempre, acabando com a depressão num estalar de dedos!
Ok! É pedir demais.

Mas é pedir demais que 75% do tratamento não dependa tão somente da minha força de vontade?
Não tem nada mais desanimador pra uma pessoa depressiva do que ter que levantar e fazer coisas por conta própria. É quase uma tortura no estilo "arrancando-as-unhas-com-pinça-torta".

Tá bom! Puro exagero! Mas é quase isso.

E a pior parte é "dois-pontos" ESQUECER DE TOMAR O MALDITO REMÉDIO!
Tem coisa mais maluca? O remédio que não faz muita diferença no seu tratamento, ao mesmo tempo não pode ser de forma alguma esquecido por um dia sequer.
Talvez um dia nem influencie. Ou dois. Mas três... Batata! Já é caso de internação.

Vou compartilhar uma pequena experiência.

Um dia desses aí, meu remédio acabou. E eu teria que ficar pelo menos uma semana sem tomá-lo (1) porque eu não tinha receita médica e (2) não tinha dinheiro pra comprar. Mas ok! Achei que não ia acontecer nada e que eu ia levar super-de-boa esses sete dias sem o ad.
Que bobinha! No terceiro dia, eu simplesmente não consegui ao menos levantar da cama e ir trabalhar. Parece que meu colchão tinha criado braços que me agarravam e eu não podia me mexer.
No quarto dia, surtei e senti como se o mundo rodasse a minha volta. Tive crises surreais e a única coisa de que me lembro nitidamente foi de andar, como se a rua não tivesse fim, e chorar, tentando me sufocar com as minhas próprias lágrimas.

Enfim... Não tem nada mais perturbador do que a agonia que causa essa tal de depressão. E não tem nada mais enfraquecedor do que o fato de não ter forças suficientes pra sair desse poço. Mas o fato é que não seguir corretamente o tratamento é o mesmo que cavar um buraco enorme e se afundar mais ainda nesse abismo escuro.

Siga as recomendações do seu médico e não deixe de tomar o antidepressivo. Esse é o primeiro passo pra conseguir qualquer êxito nessa guerra.


Por Monique Oliveira
Imagem: Monique Oliveira
A3NaoDa®

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Resenha: Orgulho e Preconceito, Jane Austen



Devo dizer-lhes de antemão que nunca antes havia lido nada da escritora Jane Austen.

Romance do século XIX considerado clássico da literatura e sempre ouvi coisas boas sobre. Por que não ler???

No começo, confesso que não me atraiu muito e pensei logo de cara: “Fui escolher logo um clássico “enche linguiça”?”, mas eu estava enganada! Com o intuito de sanar logo a minha dúvida se essa leitura iria ou não me agradar, comecei a ler com mais afinco do que minhas leituras anteriores. E quando dei por mim, já havia passado da metade.

História relatada na Inglaterra em que o foco é uma família com 5 filhas solteiras. Período em que os casamentos eram vistos como uma acensão familiar. E por obra do “destino” essa família era humilde. Tendo assim, uma ótima oportunidade para um belo “continho” aí.

Os personagens principais são, na minha opinião, Elizabeth e Darcy, mas dirão que eu não poderia esquecer de Jane e Bingley ou até de Lydia e Wickham. (Ok! Ok! Já falei deles!!!)

Elizabeth com uma opinião mais a frente de seu tempo, mostra que nem sempre, a boa (eu poderia dizer FARTA) situação financeira de seu pretendente em potencial, pode fazer com que uma bela dama aceite sua mão. (‘Bela dama’, hoje eu tô demais!)

É uma história simples, mas contagiante e com um texto mais rebuscado (dicionário na mão pra facilitar!!!).

Dependendo da sua personalidade, pode até tirar uma lágrima do canto direito do olho esquerdo. Ou até uma torcidinha para, quem sabe, um barraco de leve. Spoiler? Não sei! Leia e me diga!

Por: Bia de Alcântara (Twitter: @bbiaalcantara)

Gosta de ler? Confira esse post também: http://a3naoda.blogspot.com/2016/01/um-nome-um-destino.html
Uma leitura de uma das obras de John Green.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Mãe: Amor à distância

Saudade
Dos conselhos
Das risadas
Do colo
Do cheiro de hidratante
Das piadas
Das fofocas
Do abraço

Do olhar doce
Do sorriso preocupado
Da fala apreensiva
Do carinho suave
Do humor facilmente alterado

Da inocência
Da sabedoria
A experiência em prosas contadas

Saudade da mãe
Da amiga
Da confidente
Da melhor entre todas as gentes. 










Texto por Monique Oliveira
Imagem: ww.acessa.com
@A3NaoDa®

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Momentos de Desespero

Momento de Desespero
"... Pensamentos me perturbam, sentimentos me deturpam, os medos me inundam e eu suplico, demônios, não me confundam..."
Ler mais: Meu Infnito Particular - http://otinifniparticular.blogspot.com.br/2016/01/momento-de-desespero.html

Texto por Monique Oliveira - Blog Meu Infinito Particular 

Confiram!!!


2016: Mais amor, por favor!

Se tiver que amar, faça direito!
Se entregue, arrisque e abrace com todas as forças.
Enlouqueça a si e a quem amar, viva loucuras e seja a maior delas.
Consuma desejos como uma bebida que mata sua sede.
Extravase cada sensação que te deixe sem ar. Pra que ar, se o coração não para?
Estremeça a cada beijo, consuma-se a cada entrega.
Acredite, e quando não acreditar, siga do mesmo jeito.
Lute pelo que o seu corpo pede para satisfazer a alma.
Delire em voz alta, queime por fora e perca o equilíbrio.
Levante-se com o que sobrar de suas forças regozijando em espírito.
Viva a felicidade da realização de um momento, ou quantos vierem, sem se prender ao que pode acontecer.
Consequências tudo pode trazer, mas a diferença está na força que terá pra encarar.
Se ame vivendo cada amor como cada um pede pra ser amado ou desista de respirar.

Por Reis de Oliveira
@a3naoda

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Gritos surdos - Diário da Depressão




Depressão é um cú!

Insônia, falta/excesso de apetite, desânimo, fraqueza, pensamentos inúteis etc.

Sem esse blá blá blá de sintomas de depressão e "procure um médico", veremos aqui palavras da realidade de uma pessoa que vive nesse verdadeiro inferno.

Acordar, depois de ter tido uma péssima "noite" de sono - defino "péssima noite de sono" como dormir às 5h da manhã e acordar às 11h, com a cabeça doendo, o sono gritando, mas sem conseguir dormir - e não ter ânimo nem pra fazer as coisas essenciais da vida que gritam dentro de você, como um alerta, tipo: "Vá procurar emprego, porque é o mês que você estará literalmente na merda!"
Pois é! E o que você diz? Eu não consigo! É um misto de medo, tristeza, fraqueza, desespero, raiva... E socar os travesseiros não chega nem perto do que seria suficiente pra aliviar esse vazio no seu estômago, que nesse momento não se caracteriza como fome. 
O medo é infinito! E fica a pergunta: POR QUÊ? 
Medo de quê? É uma coisa tão comum que você simplesmente não consegue executar. A sua volta, a casa vazia esperando ser organizada, porque isso também é algo comum na vida de uma pessoa. E a tarefa é simples: basta levantar e agir. 
Não! Não é simples! É impossível! É um jogo de xadrez-nível-hard! E tudo que se diz parece drama-de-novela-mexicana. Ok! Concordo! Mas não é um simples drama. É exatamente porque os sentimentos se processam naquela região perto do estômago. (Fígado? Intestino? ... Sei lá!) 
Por mais que se deixe tudo isso sair de dentro do corpo em forma de lágrimas, gritos e praguejos, não adianta! Não é suficiente! E quem sofre além de você, inevitavelmente, é quem você mais ama. Porque indiretamente é quem vira alvo de suas investidas ineficazes para botar-pra-fora-esse-mal. 
Porque não é como vomitar todo o maldito álcool que você bebeu na noite anterior (Ou é , se for no caso de uma pessoa que quando começa a vomitar, não para nunca mais, tipo eu). O maldito-mal-não-sai. Você grita, esbraveja, chora, tenta se matar, mas o maldito continua ali, sentado, de pernas cruzadas em frente a lareira, tomando um chá (café, não, pois dá ansiedade) e sorrindo vitoriosamente. 
E por mais remédios que se tome, não há sequer a certeza de que vai passar, porque isso que se define como transtorno, e simplesmente não se cura com um comprimido ou umas gotas de dipirona. O remédio é só o tratamento complementar. A cura vem de você. 
Mas que porra é essa? Eu que não sou capaz nem de passar da página 2 do meu dia, tenho a cura desse inferno dentro de mim? É! Isso é exatamente o que te dizem e é exatamente como acontece. E a luta vai pro nível super-hard-fodástico, com um chefão triplamente gigante que o super mário tem que matar. Porque além de lutar contra a doença, você tem que descobrir onde, dentro do seu abismo, está a bendita cura.

Parece impossível uma melhora, principalmente quando você está no fundo do poço, mas é como dizem: “Quem chega no fundo do poço precisa lembrar que o fundo é o melhor lugar do poço para se tomar impulso.” (Não sei quem escreveu isso, sei que não fui eu)

Estude mais sobre, faça um tratamento com acompanhamentos de psiquiatra e psicólogo, e sobretudo, acredite em você!



Você não está sozinho, não é o único que tem esses pensamentos e esses sentimentos mórbidos, e saiba que vai passar, quando menos esperar, quando você se permitir pensar em outras coisas, ver a vida com outros olhos, tudo de ruim estará fazendo parte do teu passado! Só não dê mais espaço para que essa maldita volte, se policie, se ocupe das coisas boas e...Seja feliz!!!




Texto: Monique Oliveira e Bia de Alcântara
Editado por Bia de Alcântara
Imagem: A3NãoDá ® 

domingo, 10 de janeiro de 2016

A verdade no espelho (da série "Aleatórios")


Por Reis de Oliveira.
"Mas a mascara da verdade quebrou
Os trejeitos da hipocrisia aparecem
Se todo o mundo se julga são
E a humanidade em essência é pura
O inferno é que temos pra hoje.
Condenar e um delírio dos justos
Destituídos de alma ou coração."
Fonte: https://www.facebook.com/Incidentais-529104797157834/?ref=ts&fref=ts
Imagem: https://www.tumblr.com/search/ecrever
@A3NaoDa
#A3NãoDá

"Um nome, um destino"

Uma overdose de Wills - apelido que dei ao meu mais novo preferido livro, Will&Will, de John Green - me fez vomitar algumas dúzias de palavras sobre essa obra, que levei quase 72 horas injetando em minhas veias.
Mais uma história que trago pra minha realidade e que preenche minha mente com muitas entrelinhas.
Antes de devorar as páginas, li superficialmente algumas resenhas e, contraditória ou não, concordo com todas negativas e positivas.
Will Grayson, depressivo, gay, adolescente, mau-humorado, de classe média, abadonado pelo pai, assombrado por sua sensível insensibilidade e com sua vulnerável e questionável visão de mundo.
Will Grayson, também mau-humorado, adolescente, futuro médico, confuso com seus sentimentos sobre garotas e seu quase inseparável amigo-gay-cor-de-rosa.
Os dois igualmente cheios de histórias e vazios a mesmo tempo, até terem suas vidas mudadas pelo amor.
Amor pela família, por garotas e garotos, pelos amigos e, mais além, por si próprios. Esse sentimento que ninguém sabe definir e até sentir.
Wills é uma história boba, infantil, chata e apaixonante que deve ser apreciada por todos.


Imagem: google
Por Monique Oliveira
@A3NaoDa
#A3NãoDá

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Sobre ser adulto

"Fico pensando o que deve assustar tanto sobre ser adulto.
É normal termos medo quando somos adolescentes e estamos fazendo a transição para a "estrada da responsabilidade"..."


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Begin

Primeiro amanhecer, primeiro de janeiro de 2016, primeiro post. 
Clichês a parte, aqui é um novo ano, uma nova fase. Muitos planos resumem a esse começo.
Em frente e avante.



@NiqueLiv