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terça-feira, 11 de julho de 2017

Só mais um dia incomum

No mesmo minuto em que penso "vou levantar e fazer algo", logo desisto e deito de novo. Até vejo cenas na minha mente de mim mesma, cenas m que estou andando pela rua, resolvendo coisas ou tomando um café. Mas tudo isso passa como um filme, como algo que não vai acontecer.
Já se passaram mais de 30 dias e eu me encontro na mesma situação. Não faço nada de útil, assisto TV, escrevo no blog às vezes, e choro. Choro por um motivo qualquer ou por motivo nenhum. Sinto raiva e dor. Às vezes, dor de verdade.
Algumas pessoas dizem que é assim mesmo, outras dizem que estou tomando os remédios errados. Há quem diga também que é só pra me fazer de coitadinha.
Passo o dia desejando a noite pra poder dormir. Porque quando durmo posso ter a sorte de sonhar que sou outro alguém totalmente diferente do meu eu. Alguém com outra vida, sabe?!
Nesse momento, só quero escrever. E queria escrever o resto da vida. Fazer isso pra viver e viver pra isso. Expor através das palavras e do silêncio tudo que existe na minha mente. Não que seja grande coisa, mas tem muita coisa aqui dentro. Às vezes, consigo até formar poesias.
Mas uma hora as palavras e as lágrimas param e eu entendo que é o fim do texto e concluo que eu ainda não sei como sair dessa areia movediça em que estou presa.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Ressaca

Todo mundo diz que bebe para esquecer alguma dor, ou problema, ou seja lá o que for. Não é mentira. Não que a bebida faça esquecer coisa alguma. Pura bobagem.
Mas a intenção é essa mesma. Esquecer o principalmente a vida. 
Com certeza tem alguma explicação científica sobre o efeito do álcool que faz a gente focar em um monte de coisas que não é nossa vida. Dá uma euforia momentânea, uma leveza que não se sabe de onde vem. E uma coisa que poucas pessoas contam é que usam o álcool pra dormir. Sério! Quando você, já apagou. 
Claro que nada disso é solução pra problema nenhum. É até mais um problema.
Mas hoje, meus caros, o álcool é meu único escape e a única forma de conseguir dormir, já que os remédios não fazem efeito.
Não recomendo a ninguém. Porque além de gastar dinheiro com algo inútil, também não o dia seguinte ser diferente. Fica tudo do mesmo jeito. Sempre mais do mesmo.
Não posso dizer que virou meu vício. Nem que achei um forma eficaz de acabar com a minha dor. Mas é a única coisa que me relaxa ao menos 25% de todo meu inferno interno.
Mas digo um coisa, queridos: lutem pela vida que vocês têm de algum jeito. Não façam como eu. Não caiam no próprio abismo. Gritem por socorro quando acharem que não conseguem sozinhos. Porque eu não consigo mais sozinha.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Carta de uma garota deprimida


Aos que nos amam,

Sabemos que vocês nos amam, querem nosso bem, choram nossas lágrimas e sofrem com a nossa dor.
Não é egoísmo querermos ficar só, ou sumir, ou até mesmo morrer. Não é egoísmo quando dizemos não a algo que vocês nos oferecem, a ajuda que vocês que nos dão.
Não é egoísmo, não é soberba, não é desamor. É apenas dor.
Nosso mundo é bagunçado, com poeiras e coisas jogadas, roupas pelo chão, cacos de vidro e escuro. É frio também. Mas é seguro. É onde não temos medo, não existem monstros nem nada que nos assuste. É silencioso e calmo.  Tem até um gato, que passa horas enrolado em si mesmo, dormindo.
Não pensem que queremos vos machucar, magoar. Só estamos cansados e não queremos desculpas esfarrapadas por tentarem nos manipular para sair do quarto.
Não queremos luz, nem portas e janelas abertas. Não queremos sorrir, nem cantar, e muito menos dançar. Só queremos deitar na cama e deixar o sono nos levar.
Sentimos muito por todo o caos que causamos, pela tristeza que vos damos. Mas isso é tudo que temos a oferecer nesse momento.

sábado, 6 de maio de 2017

Ansiedade



Sabe quando você era criança e disputava para ver quem ficava mais tempo sem respirar? E aí o coração começava a acelerar, batia aquele nervosismo - um mini desespero - por não poder respirar para não sair como perdedor da brincadeira? Só que você precisa de oxigênio porque sabe que pode desmaiar a qualquer momento. Assim é a ansiedade quando chega a um nível clínico.
Tudo incomoda. Você não consegue respirar, o coração acelera como s estivesse diante de um assalto mesmo sem ser assaltado; você precisa de ar, mas parece que de repente ligaram um aspirador de pó gigantesco em todo o planeta terra e então vem o desespero. O que por consequência aumenta sua dificuldade de respirar normalmente.
Em alguns casos, tudo ao seu redor gira como se você estivesse parado no meio de uma roleta gigante de cassino, e uma mão a gira bem rápido até que você fique muito tonto e caia por não conseguir se manter de pé.
Na maioria dos casos, há a sudorese em excesso, inquietude e tudo te atrapalha. Você não sabe se sente lerdo ou agitado.
No meu caso é tudo misturado. Se fico parada, me ​dá aquela agonia por ficar sem fazer nada e minhas mãos e pernas não conseguem acompanhar meu corpo inerte. Se começo a fazer coisas, tudo sai errado, como: colocar o leite na despensa e o pote de Nescau na geladeira. Não tenho foco em absolutamente nada. No trabalho, ficar a toa me dá nos nervos porque sinto sono - devido a medicação -  e não posso dormir. Trabalhar me estressa ainda mais, porque é estressante por si só e é repetitivo. Tudo isso é aterrorizante.
Fumo vários cigarros, mesmo sabendo que isso só piora minha condição, pois como todo mundo diz, fumar também provoca a ansiedade. Mas é esse maldito transtorno que também não me deixa largar esse vício. Então eu praticamente como cigarros.
A única coisa que realmente me ajuda é escrever.

Por Monique Oliveira
@niqueliv Twitter

sexta-feira, 5 de maio de 2017

"... Uma hora, cansa."



E ontem ouvi uma frase: "... mas uma hora, cansa..."

E o que digo?

O amor não cansa, não se retrai, não para. É dinâmico, renovável e dono de si, incontrolável.
Imensurável, insistente, consistente.
Com gosto de chocolate ao leite coberto de chocolate branco. E cheiro de Malbec.
Tem o verde daqueles olhos claros e o formato do sorriso em pequenos lábios.
Trem a fragilidade de uma semente em flor e a coragem do fogo, ardor
De todas as mais belas cores se veste quando se fortalece em uma prece.
Presente na gratidão de seus atos, um ser abstrato que pode ser tocado, mas por nada mundo deve ser trocado.
Esse é o melhor que posso lhe dar: todo o amor que dentro de mim existe, até o fim da minha vida, dia a dia esse sentimento que de nós nunca desiste.

Por Monique Oliveira
@niqueliv

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Time

Eu estou aqui  para lhe demonstrar seu tempo.
Tudo que faço é isso. Mas você não sabe,
Fica se ocupando de coisas fúteis.
Esquecendo os que realmente lhe seria útil.

Você diz que não te espero.
Mas você já parou ?
Parou, parou para pensar em
O que você está esperando?

O tempo passa mais de pressa não por minha causa
Mas porque você se tornou uma engrenagem
Algo que deixou de pensar e virou apenas massa maleável  minha contagem ainda é a mesmo de anos atrás.

Tudo que ocorre, que seu tempo está sem valor.
Continue a trabalhar sem comemorar.
Seja um servo. Um escravo.
Pois seu tempo é curto.

Não esqueça que o tempo corre.
Mas não ao seu lado.
Porque você nunca esteve ao meu lado.
O seu fim está perto.
Abra sua mente. Abra seus braços.

O tempo irá. O tempo virá
E de você, nada ficará.

Autoria: Ageu Gomes


Carta a Jojo Moyes

Olá, Jojo. Desculpe-me pela intimidade em te chamar de Jojo, porque você não me conhece e eu só conheço alguns de seus livros. Mas é exatamente esse motivo que me faz escrever esta carta. Porque suas histórias me causam um tipo de euforia que poucas vezes na vida eu consigo experimentar.
Bem, primeiro vou me apresentar. Meu nome é Nicolle Taylor, tenho 28 anos e não sou escritora. Apenas rabisco coisas que saem da minha mente confusa, perturbada e poucas vezes alegre.
Tenho alguns transtornos psicológicos que me impedem de sentir as coisas da forma exata como elas são. Grande parte do que sinto é causado por remédios que alteram drasticamente meus hormônios e meu humor.
Nesse momento estou lendo seu livro Paris para um e outros contos, e uma das coisas que eu queria dizer é como eu gostaria muito de ser uma de suas personagens, de viver essa mudança que todas elas passam, de sentir o "novo" que sempre chega quando se abre uma oportunidade para a vida e suas surpresas. Seus livros causam isso. E se sou a única pessoa nesse planeta a sentir isso, é uma pena, porque eles realmente causam essa alegria momentânea que dá vontade de dançar nua sob a chuva, de correr por aí gritando e rindo de qualquer coisa que exista, de chorar copiosamente ao ouvir uma música que toque a alma, de dizer a todos que amo o quanto de fato eu os amo.
Eu queria ser Nell, Sophie e todas as outras. E de alguma forma, eu me sinto uma delas. Em cada palavra que você escreve, em cada descrição de caráter, personalidade e pensamento, eu me sinto uma delas. Eu choro com as lágrimas delas e sorrio com cada sorriso e triunfo que elas conseguem em suas histórias.
São poucos escritores que me fazem sentir arrebatada e momentaneamente feliz às 11:00 da manhã de uma terça-feira. Então obrigada.
Obrigada por cada minuto de prazer, cada letra sua que atingiu meu espírito, cada final feliz que me fez sentir que tudo é possível, mesmo quem em maior parte do tempo eu não acredite de fato nisto.
Obrigada, Jojo Moyes.

Por Monique Oliveira
@niqueliv

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Carta n°1

Querida Nic,

Faz tempo que não recebo notícias suas. Como está? O que tem feito?
Sinto por não ter lhe mandado notícias,  e estou sinceramente preocupada e culpada por talvez lhe causar alguma dor. Minha ausência de palavras realmente me faz sentir a pior de todas as pessoas do mundo.
Diga-me apenas se está viva e bem. E se não houver respostas,  eu entenderei.

Bjs, M.