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sábado, 6 de maio de 2017

Ansiedade



Sabe quando você era criança e disputava para ver quem ficava mais tempo sem respirar? E aí o coração começava a acelerar, batia aquele nervosismo - um mini desespero - por não poder respirar para não sair como perdedor da brincadeira? Só que você precisa de oxigênio porque sabe que pode desmaiar a qualquer momento. Assim é a ansiedade quando chega a um nível clínico.
Tudo incomoda. Você não consegue respirar, o coração acelera como s estivesse diante de um assalto mesmo sem ser assaltado; você precisa de ar, mas parece que de repente ligaram um aspirador de pó gigantesco em todo o planeta terra e então vem o desespero. O que por consequência aumenta sua dificuldade de respirar normalmente.
Em alguns casos, tudo ao seu redor gira como se você estivesse parado no meio de uma roleta gigante de cassino, e uma mão a gira bem rápido até que você fique muito tonto e caia por não conseguir se manter de pé.
Na maioria dos casos, há a sudorese em excesso, inquietude e tudo te atrapalha. Você não sabe se sente lerdo ou agitado.
No meu caso é tudo misturado. Se fico parada, me ​dá aquela agonia por ficar sem fazer nada e minhas mãos e pernas não conseguem acompanhar meu corpo inerte. Se começo a fazer coisas, tudo sai errado, como: colocar o leite na despensa e o pote de Nescau na geladeira. Não tenho foco em absolutamente nada. No trabalho, ficar a toa me dá nos nervos porque sinto sono - devido a medicação -  e não posso dormir. Trabalhar me estressa ainda mais, porque é estressante por si só e é repetitivo. Tudo isso é aterrorizante.
Fumo vários cigarros, mesmo sabendo que isso só piora minha condição, pois como todo mundo diz, fumar também provoca a ansiedade. Mas é esse maldito transtorno que também não me deixa largar esse vício. Então eu praticamente como cigarros.
A única coisa que realmente me ajuda é escrever.

Por Monique Oliveira
@niqueliv Twitter

sexta-feira, 5 de maio de 2017

"... Uma hora, cansa."



E ontem ouvi uma frase: "... mas uma hora, cansa..."

E o que digo?

O amor não cansa, não se retrai, não para. É dinâmico, renovável e dono de si, incontrolável.
Imensurável, insistente, consistente.
Com gosto de chocolate ao leite coberto de chocolate branco. E cheiro de Malbec.
Tem o verde daqueles olhos claros e o formato do sorriso em pequenos lábios.
Trem a fragilidade de uma semente em flor e a coragem do fogo, ardor
De todas as mais belas cores se veste quando se fortalece em uma prece.
Presente na gratidão de seus atos, um ser abstrato que pode ser tocado, mas por nada mundo deve ser trocado.
Esse é o melhor que posso lhe dar: todo o amor que dentro de mim existe, até o fim da minha vida, dia a dia esse sentimento que de nós nunca desiste.

Por Monique Oliveira
@niqueliv

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Time

Eu estou aqui  para lhe demonstrar seu tempo.
Tudo que faço é isso. Mas você não sabe,
Fica se ocupando de coisas fúteis.
Esquecendo os que realmente lhe seria útil.

Você diz que não te espero.
Mas você já parou ?
Parou, parou para pensar em
O que você está esperando?

O tempo passa mais de pressa não por minha causa
Mas porque você se tornou uma engrenagem
Algo que deixou de pensar e virou apenas massa maleável  minha contagem ainda é a mesmo de anos atrás.

Tudo que ocorre, que seu tempo está sem valor.
Continue a trabalhar sem comemorar.
Seja um servo. Um escravo.
Pois seu tempo é curto.

Não esqueça que o tempo corre.
Mas não ao seu lado.
Porque você nunca esteve ao meu lado.
O seu fim está perto.
Abra sua mente. Abra seus braços.

O tempo irá. O tempo virá
E de você, nada ficará.

Autoria: Ageu Gomes


Carta a Jojo Moyes

Olá, Jojo. Desculpe-me pela intimidade em te chamar de Jojo, porque você não me conhece e eu só conheço alguns de seus livros. Mas é exatamente esse motivo que me faz escrever esta carta. Porque suas histórias me causam um tipo de euforia que poucas vezes na vida eu consigo experimentar.
Bem, primeiro vou me apresentar. Meu nome é Nicolle Taylor, tenho 28 anos e não sou escritora. Apenas rabisco coisas que saem da minha mente confusa, perturbada e poucas vezes alegre.
Tenho alguns transtornos psicológicos que me impedem de sentir as coisas da forma exata como elas são. Grande parte do que sinto é causado por remédios que alteram drasticamente meus hormônios e meu humor.
Nesse momento estou lendo seu livro Paris para um e outros contos, e uma das coisas que eu queria dizer é como eu gostaria muito de ser uma de suas personagens, de viver essa mudança que todas elas passam, de sentir o "novo" que sempre chega quando se abre uma oportunidade para a vida e suas surpresas. Seus livros causam isso. E se sou a única pessoa nesse planeta a sentir isso, é uma pena, porque eles realmente causam essa alegria momentânea que dá vontade de dançar nua sob a chuva, de correr por aí gritando e rindo de qualquer coisa que exista, de chorar copiosamente ao ouvir uma música que toque a alma, de dizer a todos que amo o quanto de fato eu os amo.
Eu queria ser Nell, Sophie e todas as outras. E de alguma forma, eu me sinto uma delas. Em cada palavra que você escreve, em cada descrição de caráter, personalidade e pensamento, eu me sinto uma delas. Eu choro com as lágrimas delas e sorrio com cada sorriso e triunfo que elas conseguem em suas histórias.
São poucos escritores que me fazem sentir arrebatada e momentaneamente feliz às 11:00 da manhã de uma terça-feira. Então obrigada.
Obrigada por cada minuto de prazer, cada letra sua que atingiu meu espírito, cada final feliz que me fez sentir que tudo é possível, mesmo quem em maior parte do tempo eu não acredite de fato nisto.
Obrigada, Jojo Moyes.

Por Monique Oliveira
@niqueliv