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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Castelo de Giz

Construo meu castelo com giz
Tão branco que ninguém diz
Não habita imperatriz
Nem tampouco meretriz

Além dos muros, clara areia
Leve e seca, acompanha o vento
De tantos grãos torna-se branco
Mas o som do mar é que traz alento

À  beira do mar, menina com sorriso bobo
Me olha e sinto-me tolo
Sua graça me desconcerta
Me escondo com pressa

Ousaria convida-la em meu castelo adentrar
Tal ideia me rouba o ar

Um rei sem trono e coroa
Sem versos e uma prosa boa
Nem manto, nem pranto
Com  desejo e  tanto

O que dirá a menina  desse recanto?

Felicidade, sim, venha
Pr'essa noite 'inda há lenha
Há de manter a chama acesa
Queimando aquela velha tristeza

Menina seja bem-vinda
Tua alma de tão linda
Não passa despercebida

Apenas fique sem pensar em tempo
Este rei deposto
Nada mais deseja que o brilho do teu rosto

Fique, não há tempo
Fique e faça meu contento




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