Postagens mais visualizadas

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Gritos surdos - Diário da Depressão




Depressão é um cú!

Insônia, falta/excesso de apetite, desânimo, fraqueza, pensamentos inúteis etc.

Sem esse blá blá blá de sintomas de depressão e "procure um médico", veremos aqui palavras da realidade de uma pessoa que vive nesse verdadeiro inferno.

Acordar, depois de ter tido uma péssima "noite" de sono - defino "péssima noite de sono" como dormir às 5h da manhã e acordar às 11h, com a cabeça doendo, o sono gritando, mas sem conseguir dormir - e não ter ânimo nem pra fazer as coisas essenciais da vida que gritam dentro de você, como um alerta, tipo: "Vá procurar emprego, porque é o mês que você estará literalmente na merda!"
Pois é! E o que você diz? Eu não consigo! É um misto de medo, tristeza, fraqueza, desespero, raiva... E socar os travesseiros não chega nem perto do que seria suficiente pra aliviar esse vazio no seu estômago, que nesse momento não se caracteriza como fome. 
O medo é infinito! E fica a pergunta: POR QUÊ? 
Medo de quê? É uma coisa tão comum que você simplesmente não consegue executar. A sua volta, a casa vazia esperando ser organizada, porque isso também é algo comum na vida de uma pessoa. E a tarefa é simples: basta levantar e agir. 
Não! Não é simples! É impossível! É um jogo de xadrez-nível-hard! E tudo que se diz parece drama-de-novela-mexicana. Ok! Concordo! Mas não é um simples drama. É exatamente porque os sentimentos se processam naquela região perto do estômago. (Fígado? Intestino? ... Sei lá!) 
Por mais que se deixe tudo isso sair de dentro do corpo em forma de lágrimas, gritos e praguejos, não adianta! Não é suficiente! E quem sofre além de você, inevitavelmente, é quem você mais ama. Porque indiretamente é quem vira alvo de suas investidas ineficazes para botar-pra-fora-esse-mal. 
Porque não é como vomitar todo o maldito álcool que você bebeu na noite anterior (Ou é , se for no caso de uma pessoa que quando começa a vomitar, não para nunca mais, tipo eu). O maldito-mal-não-sai. Você grita, esbraveja, chora, tenta se matar, mas o maldito continua ali, sentado, de pernas cruzadas em frente a lareira, tomando um chá (café, não, pois dá ansiedade) e sorrindo vitoriosamente. 
E por mais remédios que se tome, não há sequer a certeza de que vai passar, porque isso que se define como transtorno, e simplesmente não se cura com um comprimido ou umas gotas de dipirona. O remédio é só o tratamento complementar. A cura vem de você. 
Mas que porra é essa? Eu que não sou capaz nem de passar da página 2 do meu dia, tenho a cura desse inferno dentro de mim? É! Isso é exatamente o que te dizem e é exatamente como acontece. E a luta vai pro nível super-hard-fodástico, com um chefão triplamente gigante que o super mário tem que matar. Porque além de lutar contra a doença, você tem que descobrir onde, dentro do seu abismo, está a bendita cura.

Parece impossível uma melhora, principalmente quando você está no fundo do poço, mas é como dizem: “Quem chega no fundo do poço precisa lembrar que o fundo é o melhor lugar do poço para se tomar impulso.” (Não sei quem escreveu isso, sei que não fui eu)

Estude mais sobre, faça um tratamento com acompanhamentos de psiquiatra e psicólogo, e sobretudo, acredite em você!



Você não está sozinho, não é o único que tem esses pensamentos e esses sentimentos mórbidos, e saiba que vai passar, quando menos esperar, quando você se permitir pensar em outras coisas, ver a vida com outros olhos, tudo de ruim estará fazendo parte do teu passado! Só não dê mais espaço para que essa maldita volte, se policie, se ocupe das coisas boas e...Seja feliz!!!




Texto: Monique Oliveira e Bia de Alcântara
Editado por Bia de Alcântara
Imagem: A3NãoDá ® 

Um comentário:

Deixe seu comentário e seu contato!